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vale comprar CAML3 em meio à alta do arroz? Analistas têm visões diversas

Poucos dias depois do Bank of America (BofA) reiterar recomendação de venda para ação da Camil (CAML3), citando que a alta nos preços do arroz está precificada e que vê desafios relacionados a expansão do negócio de café, o Itaú BBA reforçou sua visão otimista de longo prazo com o papel e manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra).

Além disso, o BBA elevou o preço-alvo de R$ 10 para R$ 12, o que implica em um potencial de valorização (upside) de 29,3% frente a cotação de fechamento da última terça-feira (11) de R$ 9,28.

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Os analistas do BBA elevaram as estimativas para Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Camil em 2% e 7% para 2024 e 2025, respectivamente, para fazer jus a projeção de preços mais altos do arroz, mantidos acima do nível de R$ 100 por saca devido à dinâmica de oferta restrita e os demais negócios ganhando tração lentamente à medida que a empresa entrega sua execução comercial em várias frentes.

O Itaú BBA destaca os preços do arroz têm sido voláteis nas últimas semanas devido às restrições de oferta no Rio Grande do Sul. Com isso, está incorporando preços mais altos do arroz tanto para 2024 quanto para 2025, pois os rendimentos podem ter sido afetados para a próxima colheita também.

Para os outros negócios, a expansão das margens ainda não se materializou, mas, uma vez concluída, o banco projeta uma contribuição de cerca de 100 bps (pontos-base) do negócio de açúcar e um adicional de 120 bps dos segmentos de café e biscoitos.

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Em termos de avaliação, o BBA vê a Camil negociando a um atraente 10 vezes Preço/Lucro para 2024, rapidamente comprimindo para aproximadamente 6 vezes uma vez que o nível de lucratividade consolidada esteja mais próxima da normalidade.

A XP Investimentos também espera que os preços do arroz devem permanecer persistentemente altos, e estima que a Camil repassará preços de frete mais altos devido às graves enchentes no estado do RS.

Em meio à turbulência vivida no segmento de arroz devido ao atraso na colheita e demanda volátil, a instituição financeira projeta que os volumes diminuam ligeiramente no trimestre, apesar da sazonalidade.

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“Se tratando do açúcar, o cenário competitivo ainda não melhorou, apesar da queda no preço da commodity, o que deve continuar pressionando a lucratividade”, comenta a XP. Em suma, a corretora prevê uma receita de R$ 2,0 bilhões (+3% na base anual) e Ebitda ajustado de R$ 185 milhões (+24% na base anual). A XP tem recomendação de compra para CAML3, com preço-alvo de R$ 11,60, ou potencial de alta de 25% frente o fechamento da véspera.

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