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Ucrânia usa mísseis dos EUA para atacar território da Rússia pela primeira vez  

Até poucos dias atrás, a Ucrânia não tinha permissão dos Estados Unidos para atacar a Rússia com armas de fabricação americana. Essa proibição foi revista pelo presidente Joe Biden na semana passada e, dias depois, o país de Volodymyr Zelensky fez valer sua nova autorização.

A Ucrânia bombardeou uma instalação militar da Rússia com mísseis americanos, destruindo a artilharia do inimigo na região russa de Belgorod, a cerca de 40 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. As forças ucranianas usaram um Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS, na sigla em inglês), segundo confirmou Yehor Chernev, membro do Parlamento da Ucrânia, ao The New York Times nesta terça-feira (4).

Até a semana passada, a proibição do uso de artilharia americana era uma linha que o presidente Joe Biden não queria cruzar, por temor de que a Rússia considere isso um ataque direto e elevar as tensões entre os países.

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Entretanto, na semana passada, o presidente dos Estados Unidos concedeu a permissão, mas com algumas restrições, como o uso da artilharia somente no território russo, perto da região nordeste da Ucrânia, para fins de defesa.

Segundo o The New York Times, o ataque da Ucrânia a Belgorod destruiu os sistemas de mísseis S-300 e S-400 da Rússia, mas não foi especificada a quantidade. A artilharia utilizada, HIMARS, é um foguete americano de longo alcance com capacidade maior do que os armamentos que a Ucrânia podia usar até agora.

O jornal americano afirma que os vídeos dos ataques começaram a aparecer nas redes sociais ainda no final de semana, mostrando equipamentos militares russos em chamas e uma nuvem de fumaça cinza na região, sugerindo que alguns veículos foram destruídos.

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Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, afirmou que o uso das armas dos EUA para atacar o território russo poderá mudar o curso da guerra a partir de agora.

“A aviação tática russa não estará segura nas áreas próximas da fronteira ucraniana”, disse Yermak, no Telegram, segundo a CNBC. “Isso afetará a condução da guerra, o planejamento de contra-ataques e prejudicará a capacidade dos russos de usar forças na área de fronteira”.

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