As taxas dos títulos do Tesouro Direto dispararam nesta quarta-feira (29), abrindo mais de 0,20 ponto percentual em relação à véspera, após dados do mercado de trabalho mostrarem força e os juros futuros avançarem.
O título prefixado com vencimento em 2031 chegou a 12,03% ao ano, saltando de um fechamento de 11,80% no dia anterior. Trata-se de um prêmio recorde para o papel neste ano.
Os papéis de inflação não abriram a um valor recorde, mas chegaram muito próximos. O Tesouro IPCA+ 2035 foi a 6,17% de juro real, enquanto a máxima dos últimos 12 meses foi de 6,20%, alcançada no início deste mês.
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Os juros futuros dispararam depois que a Pnad Contínua mostrou que a taxa de desemprego registrou o seu menor percentual desde 2014 no trimestre encerrado em abril, ficando em 7,5%.
O cenário positivo para o mercado de trabalho se consolidou com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostraram aceleração na média salarial dos contratos formais no país em abril.
De modo geral, os dados foram lidos como maior demanda das empresas por profissionais e mais dinheiro no bolso das famílias – ambos fatores que indicam maior inflação e possibilidade de juros altos por mais tempo.
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Veja o salto das taxas do Tesouro Direto na atualização das 15h21 (horário de Brasília):
Prefixados:
2027: saiu de 11,01% para 11,24%,
2031: 11,80%, ante 12,03% na véspera,
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2035: de 11,70% para 11,94%.
Títulos de inflação
IPCA+ 2029: de 6,11% para 6,18%;
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IPCA+ 2035: 6,17%, ante 6,13% no dia anterior;
IPCA+ 2045: de 6,16% para 6,17%.