O noticiário para as ações da Rede D’Or (RDOR3) é movimentado. Na sequência do anúncio da recompra de até R$ 1 bilhão em ações, o Itaú BBA revisou sua tese para os ativos RDOR3. Os analistas do banco elevaram o preço-alvo de R$ 33 para R$ 39 e mantiveram compra para os ativos.
Para o BBA, a empresa vai se beneficiar da parceria com o Bradesco e da melhora da rentabilidade na Sulamérica. Esse preço-alvo representa um potencial de valorização de pouco mais de 40% para as ações da empresa. Os papéis RDOR3 tinham alta nesta quarta-feira (12), com ganhos de cerca de 1% às 15h20 (horário de Brasília), em uma sessão negativa para o Ibovespa, com queda de mais de 1%.
“A empresa está passando por um forte impulso operacional à medida que aumenta capacidade ao longo de 2024”, segundo avaliação dos analistas.
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Em maio, a Rede D’Or e a Atlântica Hospitais, subsidiária da Bradesco Seguros, se uniram para criar a rede de hospitais Atlântica D’Or. Para os analistas do Itaú BBA, essa joint venture reduz os riscos de expansão do longo prazo, já que está fortalecendo o seu relacionamento com um dos maiores pagadores do mercado de saúde.
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“Avaliamos que a parceria entre a Rede D’Or e a Bradesco Saúde vai além da economia conjunta dos cinco hospitais greenfield (quando o projeto é realizado do zero). Isso significa que a Rede D’Or está agora mais bem alinhada com 26% da indústria privada em termos de participação de sinistros”, explicaram.
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Em relação à SulAmérica, que a Rede D’Or concluiu a compra no final de 2022, os analistas do Itaú BBA esperam a melhora da rentabilidade após a redução da sinistralidade e aumento dos preços.
“Avaliamos que a Rede D’Or está bem-posicionada para dominar o segmento de renda média-alta do setor de saúde. Assim, mantemos nossa recomendação de “compra”, com um valor justo para o ano de 2024 de R$ 39/ação (de R$ 33)”, concluíram.
Esse preço leva em conta uma previsão de aumento de lucro para 2024 e 2025 em 13% e 11%, respectivamente.
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As projeções já levam em conta a atualização do plano de expansão da Rede D’Or, que irá adiar algumas entregas de projetos. A entrega de leitos entre 2023 e 2027 está 27% menor do que na previsão anterior, mas essa diferença foi transferida para 2028.
“Acreditamos que esse atraso deve-se principalmente à priorização de projetos greenfield dentro da Atlântica D’Or (joint venture com a Bradesco Saúde) e ao adiamento de expansões em regiões onde o principal pagador (ou um dos principais pagadores) enfrenta desafios financeiros (particularmente no Nordeste)”, explicaram os analistas.
Na terça-feira à noite, a Rede D’Or anunciou que vai recomprar até R$ 1 bilhão em ações da própria companhia. O intuito do programa de recompra é manter os papéis em tesouraria, com posterior cancelamento ou alienação “com vistas a maximizar a geração de valor para os acionistas da companhia”.
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Em geral, uma empresa adota um programa de recompra quando avalia que as ações estão a um preço abaixo do esperado (os papéis da Rede D’Or registram, no acumulado do ano, uma queda de 2,1%).