Os certificados de depósitos bancários estão entre as modalidades de investimentos de renda fixa mais seguras no Brasil e nos Estados Unidos.
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Tanto aqui no país quanto na Terra do Tio Sam eles seguem a mesma lógica: quando um investidor compra um deles, basicamente está emprestando dinheiro para o banco, que deixa o valor aplicado por determinado tempo e devolve o valor acrescido de juros em uma data futura.
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Os CDBs, como são chamados no Brasil, pagam taxas médias de até 120% do CDI, dependendo do prazo. Já os “CDBs americanos”, que recebem o nome de CDs, entregam rendimento de até 5,30% em dólar, dependendo do período, conforme levantamento do Bankrate, serviço de dados dos EUA.
Mas visto que os dois certificados são parecidos, será que vale alocar capital nas opções americanas em vez de manter nas brasileiras? Qual dos dois é melhor? Confira as vantagens e as desvantagens dos CDs e dos CDBs, segundo especialistas consultados pelo InfoMoney.
Diversificação: CD
O investimento em CDs é uma forma de se expor ao mercado americano com a previsibilidade de retornos da renda fixa, segundo Paula Zogbi, head de investimentos da Nomad. Além disso, falou, ter dólar na carteira serve de proteção contra a inflação e ajuda em períodos de volatilidade dos mercados.
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Imposto e taxas: CDB
No caso do CDB, há uma tabela progressiva de imposto de renda, que varia entre 22,5% a 15%, dependendo do prazo. A tributação dos CDs é de 15% sobre rendimentos auferidos no exterior sempre. Além disso, no caso dos CDs, há taxas IOF e taxas de transação, além de tarifas “administrativas cobradas pelos bancos ou cooperativas de crédito americanas”, segundo Alexandre Dellamura, mestre em Economia e head de conteúdo da Melver.
Liquidez: CDB e CD
Os comportamentos são semelhantes, segundo Paula. “Existem produtos com e sem possibilidade de resgate antes do vencimento. Para os títulos sem liquidez, pode haver cláusulas de antecipação mediante pagamento de taxa”.
Impacto dos juros: CDB
A maioria dos CDs toma como base as taxas pré-fixadas, o que pode trazer perdas relativas em cenários de alta nos juros, segundo Dellamura, da Melver. Por outro lado, a grande maioria dos CDBs no mercado brasileiro tem remuneração pós-fixada, falou.
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Proteção: CD e CDB
Os dois têm mecanismos que servem para reduzir o risco de perdas. Os CDBs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF. Já o CD tem garantia de US$ 250 mil pelo Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), um organismo similar ao FGC.
Rentabilidade: CDB
Os CDBs têm taxas mais atrativas, que geram retornos melhores para os investidores. Em contrapartida, segundo Paula, eles não oferecem proteção cambial, “o que pode se tornar uma desvantagem em períodos específicos”.
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Quanto R$ 10 mil rendem em um ano?
Tanto CDs quanto CDBs têm diversos prazos com diferentes rendimentos. No caso de um ano, os títulos brasileiros entregam rentabilidade de até 10,13%, segundo dados da plataforma Yubb, e os norte-americanos de até 5,15%, em dólar, conforme o Bankrate. Veja tabela completa abaixo.
Melhores CDBs:
Emissor | Rentabilidade (a.a) | Rendimento (ano) * | Investimento mínimo |
Voiter 115,5% CDI | 10,13% | R$ 11.017,91 | R$ 1.000 |
Banco Master 115% CDI | 10,09% | R$ 11,013,51 | R$ 1.000 |
Banco RNX Prefixado 12,1% | 9,98% | R$ 11.002,44 | R$ 1.000 |
Banco Master 113% do CDI | 9,95% | R$ 10,991,91 | R$ 1.000 |
Voiter Prefixado 11,95% | 9,85% | R$ 10.990 | R$ 1.000 |
*Já descontados IR e taxas
Data: 5 de junho de 2024
Prazo de resgate dos títulos: 12 meses
Melhores CDs:
CDs | Rentabilidade (a.a) | Rendimento (ano) * | Investimento mínimo |
LendingClub | 5,15% | R$ 10.736,93 | US$ 2.500 |
Sallie Mae Bank | 5,15% | R$ 10.736,93 | US$ 2.500 |
BMO Alto | 5,05% | R$ 10.528,44 | US$ 1.000 |
Marcus by Goldman Sachs | 5,00% | R$ 10.424,20 | US$ 1.000 |
Barclays | 5,00% | R$ 10.424,20 | US$ 500 |
*Já descontado IR, taxas e impostos
Data: 5 de junho de 2024
Prazo de resgate dos títulos: 12 meses
Qual vale mais a pena?
Para Paula, da Nomad, CDs e CDBs são complementares em uma carteira, apesar da natureza semelhante dos produtos. “Dentro de cada perfil, a diversificação geográfica é uma forma de buscar maior eficiência e resultados mais consistentes”.
Segundo Dellamura, da Melver, os CDBs são mais simples para investir, tem possibilidade de liquidez imediata e taxas relativamente atraentes. Por outro lado, falou, CDs ajudam a diversificar os investimentos em moeda forte e em instituições financeiras americanas de primeira linha.