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Por que o Bitcoin caiu e até onde o preço pode chegar?

O pesssimismo com a política monetária dos Estados Unidos, que se alastrou pelo mercado após o relatório de empregos (payroll) de maio, continua exercendo pressão no preço do Bitcoin (BTC). A cripto recuou para o menor patamar das últimas três semanas hoje, às vespéras da divulgação da inflação e da taxa básica de juros dos EUA, agendada para a quarta-feira (12).

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Entre a sexta-feira (7), quando saiu o payroll, e a manhã desta terça-feira (11), a maior criptomoeda do mercado encolheu -6,75%, para US$ US$ 66.825, segundo o agregador CoinGecko. Além da reação aos dados da maior economia do mundo, o preço do BTC também foi impactado pelas saídas nos ETFs (fundos de índice) à vista da cripto.

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O analista gráfico Fernando Pereira, da corretora Bitget, disse que o Bitcoin falhou em ultrapassar a resistência de US$ 71 mil, que tem sido a maior resistência de preço em 2024. “Durante cinco semanas, tentamos romper essa barreira, sempre com alto volume de negociação, mas sem sucesso até agora”.

Como o patamar não foi mantido, disse o especialista, pode haver forte busca por liquidez na região dos US$ 50 mil. “Ou o rompimento acontece nos próximos dias, ou os grandes investidores precisarão buscar mais liquidez para uma nova tentativa, e essa liquidez está atualmente em torno dos US$ 50 mil”.

Oportunidade de compra?

No início desta semana, a empresa de trade de criptomoedas QCP Capital, com sede em Singapura, disse em relatório que a recente queda do BTC pode ser vista como um momento “buy the dip” (comprar na queda, na tradução para o português).

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“Concordamos que essa é uma boa oportunidade para comprar a queda, já que os mercados irão precificar cada vez mais pelo menos um corte nas taxas do Fed a partir daqui. Será difícil para os EUA ignorarem, já que o resto do mundo continua a cortar as taxas”, escreveu a empresa.

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central do país) divulgam a nova taxa básica amanhã. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, 99,4% dos traders de futuros acreditam que o patamar atual, de 5,25% a 5,50%, será mantido. A expectativa é que algum corte só ocorra no final do ano.

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Otimismo

Apesar do recuo no curto prazo, o histórico mostra que BTC costuma entregar valorização mensal após um payroll com números acima da expectativa do mercado, acompanhando o S&P 500, de acordo com Pereira, da Bitget.

Tanto a cripto quanto o maior índice de ações dos EUA entregaram ganhos mensais em sete dos últimos oito meses após o relatório de emprego. O único mês com perdas foi abril deste ano, quando 175 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola foram criadas na nação americana, menos que o esperado pelos analistas.

“Embora essa correlação não seja absoluta, já que a valorização ou desvalorização das maiores empresas do mundo não é 100% influenciada por um único relatório, em certos momentos da economia, essa correlação é muito forte, como está sendo agora”, disse Pereira.

Apesar de um mercado de trabalho robusto ser um motivo para o Fed não baixar os juros, o que é negativo para ativos de risco, a cripto e o índice costumam valorizar porque a reação inicial positiva ao crescimento das vagas tende a prevalecer, disse o especialista.

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“Um aumento no número de empregos indica que a economia está se expandindo, o que geralmente resulta em maiores lucros para as empresas. Investidores enxergam isso como um sinal positivo, levando a um aumento nos preços das ações”, falou.

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