Ross McLean, é um homem britânico de 36 anos, pai das trigêmeas Charlotte, Leah e Sophie, de 3 anos, que afirma ter sido demitido depois de precisar de um dia de folga, depois de ter passado a noite em claro cuidando das filhas.
Ele trabalhava como motorista do HGV no The Banks Group, em Consett, na Inglaterra, e conta que sempre dividia os cuidados com as filhas com a esposa.
Elas nasceram prematuras, e têm o sistema imunológico frágil, e naquela noite ele precisou ficar cuidando das três.
Ele passou a noite acordado e então resolveu avisar a empresa que não se sentia em condições de dirigir veículos pesados naquele dia.
Ele recebeu um aviso de que poderia ser demitido, e assim o fizeram dias depois.
Na carta que confirma a demissão, a empresa afirmou a Ross que sua ausência teve um impacto negativo nas entregas dos clientes. “Durante as discussões, você não ofereceu garantias para remediar as preocupações que temos em relação à sua não-comparência repetida. O painel considerou cuidadosamente todas as questões que cercam sua repetida falta de comparência durante o curto período em que você trabalhou com a Banks Transport e concluiu que, ao considerar sua adequação, foi decidido no melhor interesse de ambas as partes não continuar com seu emprego”, escreveram.
Ele ficou indignado e resolveu tornar sua história pública.
“Estou absolutamente furioso — não percebi que eles poderiam simplesmente despedir você daquele jeito”, disse ele. “Fiquei surpreso porque eles devem ter conhecimento em saúde mental, eles têm todos os cartazes dizendo ‘venha e fale conosco se você tiver um problema’, mas não houve nada disso”, desabafa.
“Eu comecei em setembro e elas começaram a creche em outubro, eles sabiam disso. Eles disseram que me dariam um pouco de folga. Se eles não acreditarem em mim, liguem para a escola e perguntem quanto tempo elas foram. Não é como se eu quisesse uma folga para mim mesmo — eu ainda tenho dias de folga, se eu apenas quisesse folga, eu teria tirado elas”, afirmou. Desde que foi admitido, Ross conta que precisou se ausentar do trabalho por 9 dias. “Na reunião, eu fui comparado com o resto dos motoristas que não têm tanto tempo livre quanto eu, mas nenhum deles tem uma família com trigêmeas de três anos de idade para lidar. Eu tentei explicar para o meu chefe que é difícil agora, quando as crianças são tão jovens, mas deve ficar melhor”, diz.
De acordo com o jornal Newcastle Chronicle, um porta-voz do The Banks Group disse:
“O Grupo Banks opera procedimentos de pessoal bem estabelecidos. Não podemos comentar sobre nenhum caso individual em andamento, mas podemos confirmar que nossos funcionários têm o direito de apelar contra decisões tomadas por meio de nossos processos de recursos humanos”.
Mas o pai disse que não pretende recorrer e tentar voltar, pois não sente mais desejo de trabalhar para aquela empresa, mas luta para achar outro emprego.