Indicador da S&P Global voltou a acelerar em maio, passando de 53,7 para 55,3 em um mês; índice composto, no entanto, recuou dos 54,8 em abril para 54,0 em maio, fruto do recuo da produção manufatureira
O índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil se recuperou da perda de força em abril e voltou a acelerar em maio, passando de 53,7 para 55,3 em um mês, atingindo assim o nível mais alto desde julho de 2022, informou nesta quarta-feira (5) a S&P Global.
Mesmo com a alta, o indicador composto, que inclui a atividade industrial, recuou dos 54,8 em abril para 54,0 em maio, fruto do recuo da produção manufatureira, divulgada ontem.
De acordo com os participantes da pesquisa, a recuperação dos serviços foi sustentada por aumentos contínuos de novos pedidos e tendências positivas de demanda.
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Segundo a S&P Global, em meio a relatos de aumentos contínuos em novos negócios e expectativas otimistas para a atividade de serviços a médio prazo, foi registrada outra rodada de criação de empregos em toda a economia de serviços do Brasil em maio.
O emprego registrou uma expansão sólida e à taxa mais acelerada desde outubro de 2022.
Para Pollyanna De Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, a atividade de serviços do Brasil mostrou um ritmo substancial de crescimento em um momento em que o setor industrial foi particularmente afetado pelas inundações no Rio Grande do Sul.
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“O desempenho dos provedores de serviços foi bom, mesmo quando se considera as estimativas das inundações, que pressupõem que as empresas no estado do Sul teriam respondido “em queda” para a atividade de serviços”, comentou em nota.
Segundo a diretora, é encorajador ver a disposição das empresas em recrutar empregados apesar do aumento acentuado dos preços de insumos. “As empresas de serviços em particular observaram um aumento acentuado nas despesas, que elas atribuíram a custos mais altos de combustíveis, materiais, aluguéis e salários”, detalhou.
“Por trás das tendências positivas de contratação está uma retomada notável da confiança nos negócios, com as empresas do setor privado no ápice do seu otimismo em relação às perspectivas de crescimento desde agosto do ano passado.”