Padre Chrystian fala de pedidos de batismo para bonecas Reborn em post no Instagram e reacende discussões sobre o tema. Veja a repercussão e os projetos de lei em análise.
O tema dos bebês Reborn — bonecas hiper-realistas que se assemelham a recém-nascidos — voltou a ganhar os holofotes após uma declaração inusitada do padre Chrystian Shankar. Com mais de 3,7 milhões de seguidores no Instagram, o pároco usou as redes sociais no sábado (17/5) para comentar, com bom humor, sobre os limites entre fé, fantasia e saúde mental.
Em seu perfil oficial no Instagram, padre Chrystian publicou um esclarecimento cômico em resposta ao crescente número de pedidos envolvendo bonecas Reborn. Com um toque irônico, o religioso destacou que não realiza batizados, primeira comunhão nem “oração de libertação para bebê possuído por um espírito Reborn”.
Sem perder o tom descontraído, o padre complementou: “tais situações devem ser encaminhadas ao psicólogo, psiquiatra ou, em último caso, ao fabricante da boneca” — um recado direto, porém leve, que chamou a atenção dos internautas.
A postagem viralizou e gerou uma onda de comentários espirituosos. Entre as respostas dos seguidores, surgiram brincadeiras sobre uma possível acusação de “rebornfobia” e até sugestões de que o padre seria denunciado ao “conselho tutelar Reborn”. O bom humor prevaleceu, e alguns usuários aproveitaram a deixa para oferecer seus serviços como babás especializadas em bebês Reborn.
Apesar do tom descontraído, muitos seguidores também expressaram surpresa com o fato de que pessoas estariam realmente solicitando serviços religiosos para as bonecas. A incredulidade se misturou à curiosidade, reacendendo o debate sobre os limites da prática.
Avanço legislativo: propostas para regular os bebês Reborn
Paralelamente à polêmica nas redes sociais, o tema chegou à esfera política. Três projetos de lei foram protocolados recentemente com o objetivo de regulamentar o uso e os direitos associados aos bonecos Reborn. As propostas preveem, por exemplo, a proibição de atendimentos em unidades de saúde públicas e privadas, além da exclusão dessas bonecas de benefícios como filas preferenciais e outros atendimentos voltados a pessoas reais.
Esses projetos vêm sendo discutidos sob o argumento de que o uso excessivo dos Reborn pode causar confusão em ambientes públicos e impactar negativamente os sistemas de atendimento, principalmente na área da saúde.
A fala do padre Chrystian, embora carregada de humor, trouxe à tona questões sérias sobre saúde mental, espiritualidade e o uso simbólico das bonecas Reborn. As reações nas redes sociais mostram que o tema, por mais inusitado que pareça, tem gerado impacto tanto no comportamento social quanto nas esferas legislativas.
A discussão ainda está longe de um consenso, mas o episódio ilustra como a internet pode transformar uma fala informal em gatilho para reflexões profundas sobre os limites entre fantasia, fé e realidade.