SÃO PETERSBURGO (Reuters) – A Opep+ poderia ajustar seu mais recente acordo de produção de petróleo, que prevê que alguns cortes de produção sejam revertidos ainda este ano, se necessário para apoiar o mercado, disseram os principais ministros da Opep+ nesta quinta-feira, após uma reação baixista do mercado ao complexo acordo.
Os principais ministros e autoridades da Opep+, que agrupa a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados liderados pela Rússia, em um fórum econômico em São Petersburgo, também elogiaram o acordo e disseram que a perspectiva para demanda de petróleo era positiva.
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Alguns membros da Opep+, incluindo a Rússia, concordaram no domingo em eliminar gradualmente os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia ao longo de um ano, a partir de outubro. A Opep+ também concordou em manter outros cortes, no valor de 3,66 milhões de bpd, até o final de 2025.
O petróleo caiu esta semana, com o petróleo bruto Brent de referência atingindo uma mínima de quatro meses abaixo de 77 dólares por barril na terça-feira, pressionado pelo ceticismo sobre o impacto do aumento da oferta em um momento de aumento da produção fora da Opep+ e dúvidas sobre a demanda.
“É um acordo de um ano e meio, tem todos os mecanismos, alguns dos mecanismos não são novos, nós também já o exercitamos antes”, disse o Ministro de Energia saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman. “Especialmente essa questão de pausar ou reverter.”
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O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse que o atual acordo da Opep+ está ajudando a equilibrar a oferta e a demanda e proporciona segurança aos mercados de energia, acrescentando que o grupo poderá ajustá-lo, se necessário.
“No entanto, estamos prontos para reagir rapidamente às incertezas do mercado”, disse Novak, sentado ao lado do ministro saudita da energia e de outros convidados, no fórum.
Na quinta-feira, o Brent estava sendo negociado acima de 78 dólares, encontrando apoio nas crescentes expectativas de um corte na taxa de juros do Federal Reserve dos EUA.
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O Secretário Geral da Opep, Haitham Al Ghais, também em São Petersburgo, defendeu o acordo do grupo de produtores, chamando-o de um sucesso, e expressou otimismo sobre a continuidade da forte demanda de petróleo, citando uma recuperação nas viagens.
A Opep+, que agrupa 22 nações, está atualmente cortando a produção em 5,86 milhões de bpd, ou cerca de 5,7% da demanda global, para reforçar o mercado.