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o que olhar na semana

A primeira semana de junho começará movimentada, ao menos quando o assunto são dados macroeconômicos. Como destaque, o Brasil divulga uma prévia do seu produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre, os Estados Unidos publicam o relatório Payroll, o principal dado de emprego do país, de maio e o mercado repercute a reunião dos países membros da OPEP.

O PIB brasileiro é divulgado pelo IBGE na terça-feira (4). Antes disso, na segunda, o Banco Central divulga o Focus e o S&P o PMI (índice de gerente de compras, na sigla em inglês) industrial brasileiro.

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PIB brasileiro e mais

Para o PIB, o número brasileiro mais importante da semana, o consenso do mercado é de que a atividade econômica do país fique estável na base trimestral e traga crescimento de 2,1% no ano. No entanto, há quem esteja mais otimista.

“Em relação ao PIB do primeiro trimestre, esperamos que ele aumente 0,7% na base sequencial e 2,3% no ano. Se nossa estimativa for confirmada, nossa previsão para o crescimento do PIB em 2024, de 2,3%, terá um viés de baixa devido aos impactos negativos associados às enchentes históricas no estado do Rio Grande do Sul”, diz o time do Itaú BBA.

A divulgação do PIB brasileiro deve ser avaliada de perto pelo Banco Central, que monitora a atividade econômica do país para entender quais serão os próximos passos em relação à Selic. Mais do que isso, ele também deve ser analisado pelas lentes do fiscal, já que a preocupação com as contas públicas vem aumentando por conta de questões como a revisão das metas de déficit e superávit (um crescimento maior do PIB resulta, usualmente, em mais arrecadação).

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Na quarta, às 9h, o IBGE também divulga a produção industrial brasileira de abril, com previsão de crescimento de 0,9% na base mensal e com recuo de 2,8% no ano. Já na quinta, há a divulgação da balança comercial de maio, às 15h, e, na sexta, o IGP-DI é publicado às 8h. 

Fora os índices macro, o Itaú também chama a atenção para a política. “Os esforços políticos continuarão voltados para medidas de auxílio ao estado do Rio Grande do Sul após as inundações generalizadas.Após uma semana mais curta devido a um feriado, espera-se que a atividade no Congresso ganhe impulso. Portanto, as discussões sobre as isenções fiscais da folha de pagamento para empresas e municípios provavelmente continuarão na próxima semana”, contextualizam.

No exterior

Já nos Estados Unidos, o dado mais importante é divulgado mais para o fim da semana. O Payroll é publicado na sexta, às 9h30, com o consenso do mercado enxergando a criação de 175 mil vagas de emprego no quinto mês do ano. 

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“Em abril, a economia criou 175 mil empregos formais, marcando uma desaceleração significativa em comparação com o mês anterior. As expectativas para os números de maio sugerem que essa tendência continuará. No entanto, é prudente permanecer vigilante quanto a possíveis revisões na série histórica, que são bastante comuns”, contextualiza o BBI.

Por lá, o mercado de trabalho segue sendo escrutinado pelo Federal Reserve e por todos os investidores. A criação de mais vagas do que o esperado pode sinalizar uma economia ainda muito aquecida, postergando o início do ciclo de corte de juros e impactando toda a Bolsa.

Mas fora isso, a semana também tem outros índices norte-americanos importantes. Na segunda, o S&P divulga, às 10h45, sua leitura do PMI industrial de maio, com o ISM divulgando a sua na sequência, às 11h. Na terça, há a oferta de emprego JOLTs, visto como uma prévia do Payroll, às 11h, bem como os números de encomenda à indústria, no mesmo horário. Na quarta-feira, é a vez da pesquisa ADP de empregos privados, às 9h15 e na quinta há o número semanal de pedidos de seguro desemprego, às 9h30. 

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Ainda lá fora, há a repercussão da reunião dos países-membros da Opep e aliados sobre a produção de petróleo.

Por fim, os analistas do BBI também destacam que a União Europeia contará com uma decisão do Banco Central Europeu, na quinta, e com a divulgação do seu PIB na sexta, às 6h. 

“O Banco Central Europeu está prestes a iniciar um ciclo de cortes nas taxas de juros em sua reunião na quinta-feira. Antecipamos que o BCE reduzirá sua principal taxa de referência de 4,50% para 4,25%. Indicadores recentes de atividade econômica e inflação continuam mostrando sinais de arrefecimento, proporcionando ao banco central a margem necessária para iniciar o afrouxamento monetário”, diz o time do Bradesco.

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