(Reuters) – O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, deverá ser empossado para um terceiro mandato recorde em 8 de junho, depois que os principais aliados prometeram apoio contínuo um dia após um veredicto eleitoral humilhante que fez com que seu partido perdesse a maioria no Parlamento.
Modi, um populista que tem dominado a política indiana desde que chegou ao poder em 2014, precisará, pela primeira vez, do apoio de aliados regionais cujas lealdades oscilaram ao longo dos anos, o que poderia complicar a agenda de reformas do governo.
Nesta quarta-feira (5), dois aliados de sua coalizão Aliança Democrática Nacional, o Partido Telugu Desam, um importante ator regional no Estado de Andhra Pradesh, no sul do país, e o Janata Dal, que governa o Estado de Bihar, no norte, prometeram apoio.
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“Estamos com a aliança, participarei da reunião em Délhi hoje”, disse Chandrababu Naidu, líder do Telugu, aos repórteres, referindo-se a uma reunião da aliança liderada pelo Partido do Povo Indiano (BJP) programada para ocorrer no final do dia.
Modi apresentou sua renúncia nesta quarta-feira à presidente Droupadi Murmu depois que o gabinete federal se reuniu e recomendou a dissolução do Parlamento, a primeira de muitas formalidades constitucionais antes que Modi possa formar um novo governo.
A posse de Modi e de seu novo gabinete está programada para o sábado, segundo a mídia local.
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Aliança Democrática Nacional conquistou 293 assentos na câmara baixa do Parlamento, com 543 membros, mais do que os 272 necessários para formar um governo.
O BJP de Modi conquistou 240 assentos por conta própria, um veredicto enfraquecido que poderia desacelerar o aperto fiscal da Índia, disse a agência de recomendação Moody’s.
Os dois aliados regionais, Telugu Desam e Janata Dal, são considerados pragmáticos em relação à política econômica, mas é provável que o novo governo de Modi precise encontrar dinheiro para financiar mais gastos com projetos de bem-estar em seus Estados.
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A maioria enfraquecida da aliança de Modi pode representar desafios para os elementos mais ambiciosos da agenda de reformas do governo, disse a agência de recomendação Fitch.
No entanto, acrescentou: “Apesar da pequena maioria, esperamos que persista uma ampla continuidade política, com o governo mantendo o foco no impulso ao investimento, nas medidas de facilidade de fazer negócios e na consolidação fiscal gradual”.