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Não se tem a mesma sequência de retorno para todas as classes de ativos, diz analista






Conteúdo XP

Não há uniformidade no desempenho das diferentes classes de ativos e o comportamento deles variam muito às mudanças no cenário macroeconômico. No Brasil, isso é bem visível.

Rodrigo Sgavioli, head de alocação no research da XP, que participou nesta quarta-feira (29) do Morning Call da XP, explicou o conceito de Asset Allocation que tem sido aplicado pela XP na construção de portfólios e carteiras.

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Busca de eficiência

“É a busca por eficiência na combinação das melhores classes de ativos, proporcionando retorno com menor risco”, explica. Segundo ele, há um hábito do investidor olhar como as principais classes de ativos performaram ao longo dos últimos anos.

“Não se tem praticamente um ano seguido do outro que exista a mesma sequência de retorno para todas as classes de ativos”, explica. “Principalmente no Brasil, que tem diversos choques e crises de tempos em tempos”, acrescenta.

Com isso, ele vê como essencial que se tenha um meio que se consiga combinar essas classes de ativos nos diferentes momentos do ciclo econômico.

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“Na nossa visão, ela (Asset Allocation) é uma ferramenta bastante importante para que se consiga atravessar no longo prazo por processos em períodos mais duros. Se uma classe de ativos vai mal em um portfólio, talvez tenha outras que possa compensar o desempenho”, afirma.

Disciplina na tomada de decisão

Segundo Sgavioli, o Asset Allocation traz disciplina porque sistematiza a tomada de decisão, sem engessar o processo.

“Essa disciplina é importante para você reduzir seus vieses comportamentais”, ressalta. “Mas é necessário que se tenha um processo de flexibilidade, para as personalizações e realidades para cada momento do ciclo econômico”, acrescenta.

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Pilares do conceito

Rodrigo Sgavioli aponta três pilares do conceito. “Primeiro, tem-se um objetivo de retorno mensurável e tangível, porque se não a gente constrói um portfólio sem saber onde quer chegar”, afirma.

“O segundo, é a variável de tolerância ao risco. A gente fica muito naquela se vai definir a tolerância a risco simplesmente para responder o questionário de suitability (perfil de risco)”, ressalta.

Para ele, “a aversão a risco pode ser tangibilizada com exercícios práticos sobre a queda tolerável em períodos mais críticos”.

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Por fim, o último pilar é o tempo. “A gente foca muito nessa taxa de retorno do portfólio e esquece que ao longo do tempo é que se tem efeito multiplicador (dos ativos)”, destaca.

“A gente preza muito para esse processo de alocação, muito pautado por um planejamento prévio, por um detalhamento financeiro e patrimonial. Isso é um tema que a gente vem discutido muito na XP”, conclui.

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