Uma disseminação ainda maior da gripe aviária no gado leiteiro dos Estados Unidos pode representar chances adicionais de infecções em humanos, disseram nesta quinta-feira (13) autoridades federais, enquanto pediam aos produtores que intensifiquem suas medidas de biossegurança para conter o vírus.
A gripe aviária foi identificada em rebanhos de 12 estados desde março, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.
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Atualmente, o risco para a saúde pública é considerado baixo, embora uma maior disseminação do vírus possa aumentar esse risco, afirmou Nirav Shah, vice-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
“Quanto mais infecções entre vacas, maior o risco de ocorrer infecções em humanos”, avaliou.
Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) monitorou mais de 500 pessoas e realizou testes em pelo menos 45 delas durante a atual epidemia, disse Shah.
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Três funcionários de fazendas leiteiras testaram positivo desde que o vírus passou a circular nos rebanhos. Os EUA e a Europa estão preparando vacinas que podem ser usadas para proteger os trabalhadores neste ano.
Perguntado se o CDC deveria realizar testes em pessoas assintomáticas que tiveram contato com o vírus, Shah afirmou que a agência está confiante na sua atual estratégia.
Kammy Johnson — uma epidemiologista veterinária do Departamento de Agricultura dos EUA — disse que a disseminação da doença pelas fazendas deve estar ocorrendo por causa da movimentação animal, ao compartilhamento de funcionários e de veículos e equipamentos usados em várias fazendas.
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Práticas de biossegurança, como limpar equipamentos e limitar a movimentação de animais doentes, são importantes para conter o vírus, afirmou Johnson.
Duas dezenas de empresas estão neste momento em diferentes estágios do desenvolvimento de uma vacina contra gripe aviária para o gado, disse à Reuters, na quarta-feira, o secretário da Agricultura norte-americano, Tom Vilsack.