O desemprego é um problema que muitas famílias enfrentam, por isso as vagas de emprego são tão disputadas, longas filas se formam quando uma empresa anuncia novas contratações, ou a caixa de e-mail do departamento de seleção fica lotada de currículos.
O trabalhador cada vez mais precisa estudar, fazer cursos, investir em conhecimento, só que essa não é a realidade de todos. Muitas pessoas não conseguiram terminar nem o ensino fundamental, o que dificulta ainda mais as chances na hora de concorrer às vagas de emprego.
Diante de toda essa realidade, uma empresa está fazendo a diferença ao dar nova chance aos funcionários, um lindo exemplo de empatia e respeito, que está realizando o sonho de quem não estudou.
Em São Paulo, a gestora da WeWork, que é uma empresa de espaço compartilhado, localizada na Avenida Paulista, Nátaly Bonato, observando os auxiliares de serviços gerais, criou um relatório para identificar os problemas que estavam acontecendo com a limpeza.
Para o relatório ser completo, Nátaly pediu aos funcionários da limpeza, para que diariamente fizesse anotações informando se a sala estava limpa, suja e o motivo.
Na rede social, a gestora resumiu o resultado do relatório; “O relatório demorou 1 semana pra chegar e quando veio, o banheiro virou um caos. Não entendi nada e ai nos reunimos e a descoberta foi que 50% do time (terceirizado) era iletrado”.
Nátaly quis ajudar a equipe, não poderia demiti-los somente por falta de instrução. Ela teve a ideia de consultar escolas integradas a WeWork, em resposta, a pedagoga Dani Araujo, da MasterTech entendeu a situação e aceitou ajudar.
“As pessoas não são descartáveis. Eu não queria que alguém passasse pela minha vida sem ter o meu melhor, sem que eu pudesse tentar. Então, eu não queria que eles saíssem daqui um dia e continuassem tendo aquelas profissões por que eles não tinham escolha”, disse Nátaly.
Os funcionários receberam aulas de uma hora e meia no horário do almoço, todas as terças e quintas. Em 5 meses de aulas, os alunos já estavam escrevendo e lendo melhor. A empresa fez uma formatura simbólica incentivando-os a estudar mais.
A pedagoga ficou emocionada com a experiência e contou como se sentiu; “Foi ousado participar desse projeto. Não tinha experiência com letramento para adultos. Vibrei e chorei com cada conquista que fazíamos juntos, me sinto privilegiada pelo aprendizado que eles me proporcionaram”.
Fonte: Razões Para Acreditar