Alerta Aviário: Autoridades Intensificam Monitoramento Após Surto de H5N1 no Sul do Brasil.
Embora, até o momento, não haja confirmação de transmissão direta entre seres humanos, análises científicas apontam que o H5N1 já passou por mutações que facilitaram sua replicação em mamíferos. Esse comportamento adaptativo tem sido motivo de inquietação entre profissionais da saúde e pesquisadores consultados pelo g1.
O infectologista Jean Gorinchteyn, que também atua como Secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), reforça o grau de atenção necessário frente ao avanço do vírus:
“A situação atual está sob controle, mas a alta capacidade de mutação desse vírus exige atenção constante. Existe o risco de que ele sofra alterações que o tornem capaz de se disseminar entre humanos por meio de espirros, tosse ou contato físico, o que aceleraria enormemente sua transmissão e poderia desencadear uma nova pandemia.”
Entenda o Vírus: O Que é o H5N1?
De acordo com o infectologista Igor Marinho, do Hospital das Clínicas, o H5N1 é uma cepa da Influenza A que pode infectar tanto aves quanto mamíferos, incluindo seres humanos.
A contaminação humana ocorre, principalmente, por meio da exposição direta a secreções e fluidos corporais de animais infectados — fator que torna a doença perigosa e muitas vezes letal em ambos os hospedeiros.
Pessoas com maior risco de desenvolver complicações graves incluem crianças pequenas, idosos e indivíduos com doenças crônicas, especialmente pulmonares ou cardiovasculares, conforme relatam especialistas em doenças infecciosas.
Sintomas Mais Frequentes da Gripe Aviária
Os sinais clínicos da infecção pelo vírus H5N1 se assemelham bastante aos da gripe sazonal comum, porém com potencial de evolução para quadros severos. O Dr. Jean Gorinchteyn detalha os sintomas mais observados:
Febre persistente, Tosse seca, Espirros constantes, Corrimento nasal, Congestão e secreção nas vias aéreas, Dor de garganta,
Dificuldade para respirar, Dor ao inspirar, Pneumonite (inflamação pulmonar), Falência respiratória.
Conclusão: O que Esperar e Como se Prevenir?
Apesar de o cenário estar sob controle por ora, a natureza imprevisível do H5N1 — com sua alta capacidade de mutação e recente adaptação a mamíferos — exige vigilância contínua e medidas preventivas rigorosas. A Anvisa, junto a órgãos de saúde nacionais e internacionais, segue atuando para conter qualquer risco de disseminação para a população.
A comunidade médica permanece atenta, reforçando a importância da higiene no trato com animais, a vigilância sanitária em granjas e aviários e o monitoramento de sintomas respiratórios suspeitos, especialmente em áreas com registros da doença.
É fundamental que a população esteja informada, mas também tranquila: com vigilância ativa e cooperação, é possível controlar surtos antes que se tornem uma ameaça maior.