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Expectativas apontam para crescimento mais forte de exportações chinesas em maio

Pequim (Reuters) – As exportações da China provavelmente cresceram mais rapidamente e pelo segundo mês seguido em maio, graças à melhoria da demanda externa, em um dado que, se confirmado, deve dar às autoridades algum conforto enquanto enfrentam inúmeros desafios internos para sustentar uma recuperação econômica desigual.

Os dados comerciais de maio devem mostrar que as remessas externas cresceram 6,0% em relação ao ano anterior em termos de valor, de acordo com a previsão mediana de 32 economistas em uma pesquisa da Reuters nesta quarta-feira (5), acima do aumento de 1,5% registrado em abril.

As importações provavelmente cresceram 4,2% no mês passado, mais lentamente do que o ganho de 8,4% registrado em abril. Os dados serão divulgados na sexta-feira.

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Nos últimos meses, uma enxurrada de dados mostrou que diferentes partes da economia chinesa, de US$ 18,6 trilhões, estão se recuperando em velocidades diferentes.

Embora o crescimento do primeiro trimestre tenha superado as previsões e os fortes dados de exportação e produção de março tenham sugerido que a melhoria da demanda global poderia ajudar os esforços das autoridades para colocar a economia de volta em um patamar mais equilibrado, os indicadores mais recentes que refletem o consumo doméstico fraco corroeram grande parte desse otimismo anterior.

Uma crise imobiliária prolongada continua sendo o maior obstáculo para uma retomada econômica completa, dizem os analistas. Ao mesmo tempo, as pressões deflacionárias continuam a perseguir a economia e os Estados Unidos e a União Europeia estão ameaçando as exportações da China com tarifas.

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“A demanda global está dando um impulso maior à economia da China do que havíamos previsto para este ano e as tarifas externas farão pouca diferença no desempenho agregado das exportações no curto prazo”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics, em nota.

“Como resultado, agora acreditamos que a economia da China terá uma expansão de 5,5% este ano”, acrescentou.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional revisou para cima sua previsão de crescimento da China em 0,4 ponto percentual, para 5% em 2024 e 4,5% em 2025, mas alertou que o setor imobiliário continua sendo um risco importante para o crescimento.

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O desempenho dos dados comerciais provavelmente será ajudado por uma base de comparação mais baixa, depois que o aumento das taxas de juros e da inflação nos EUA e na Europa comprimiram a demanda externa em maio passado.

No entanto, uma recuperação cíclica global no setor de eletrônicos, que fez com que as exportações sul-coreanas para a China — um indicador importante das importações da China — atingissem um recorde de 19 meses no mês passado, também deve ajudar os exportadores do gigante asiático.

A estimativa mediana da pesquisa previu que o superávit comercial da China chegará a US$ 73,0 bilhões, acima dos US$ 72,35 bilhões de abril.

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