Os executivos de segurança da informação brasileiros são os mais otimistas do mundo quanto ao risco de ataques cibernéticos, na ponta oposta de países como Coréia do Sul, Canadá e Estados Unidos – os mais preocupados. Apenas 45% dos diretores brasileiros concordam que suas organizações correm o risco de um ataque cibernético real nos próximos 12 meses, segundo dados da pesquisa “Voice of the Ciso 2024”.
Elaborado pela empresa de cibersegurança Proofpoint, o levantamento ouviu 1,6 mil diretores de segurança da informação com 1 mil ou mais funcionários em diferentes setores em mais de uma dúzia de países.
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Segundo o levantamento, 70% desses especialistas se sentem sob risco de ataques cibernéticos – 43% concordam que suas organizações estão despreparadas para lidar com um ataque direcionado em 2024. Há um avanço, já que em 2023, 61% se sentiam despreparados.
O que se observou, no caso brasileiro, foi uma redução da percepção sobre riscos de ataques cibernéticos. Contra os 45% de diretores que responderam que suas corporações correm riscos, foram 69% no último ano.
Orçamento para segurança recua
Para Marcelo Bezerra, gerente sênior de engenharia de vendas na Proofpoint na América Latina, o resultado pode ser justificado por uma natureza otimista do brasileiro, que confrontado com o pesadelo de ataques durante a pandemia, agora vê mares mais calmos nesse aspecto. O dado é confrontado por uma redução no orçamento destinado a segurança: 40% responderam que sua verba para isso caiu. “Há um conflito aí.”
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A resposta pode estar no caso da Gol (GOLL4). Embora a empresa não tenha reduzido os gastos com o setor de tecnologia, a margem para investimentos em cibersegurança, na distribuição proporcional do valor, tem aumentado, segundo explica o gerente de cibersegurança e sistemas de informação da aérea, Lucas Correia.
No mundo, os executivos que mais responderam que observaram cortes em seus orçamentos de cibersegurança foram os dos setores de educação (68%), saúde (68%), serviços financeiros (55%), mídia, lazer e entretenimento (55%) e TI, tecnologia e telecomunicações (48%).