Após quatro dias de intensas negociações, as forças de esquerda da França chegaram a um acordo na quinta-feira (13) para formar um Frente Popular (FPN) para a disputa das eleições antecipadas no país, marcadas para 30 de junho e 7 de julho.
O Partido Socialista (PS), os Verdes, os Comunistas e o França Insubmissa (LFI) vão apresentar uma plataforma conjunta e lançar candidatos únicos em cada circunscrição.
“Conseguimos. Uma página na história da França está sendo escrita”, disse o primeiro-secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, no X, enquanto o líder Jean-Luc Mélenchon saudou o que chamou um evento político considerável na França.
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“Os mais calorosos parabéns e agradecimentos aos nossos negociadores que passaram quatro noites sem dormir no trabalho”, escreveu Mélenchon, destacando que foi negociada linha por linha do programa, círculo eleitoral por círculo eleitoral.
“A mudança está a caminho”, tuitou o líder dos comunistas, Fabien Roussel, enquanto o líder dos Verdes, Marine Tondelier, considerou que uma “imensa expectativa de unidade foi expressa. Com candidaturas e um programa comum”.
A união é uma resposta à aliança formada entre o partido de extrema direita Reunião Nacional (RN) e a centro-direita dos Republicanos (LR), partido dos ex-presidentes Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy.
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Alguma pesquisas apontam que dificilmente a esquerda conseguiria bater os esperados 33% de votos que podem ser alcançados pelo RN de Marine Le Pen, mas que a nova aliança poderia conquistar mais de 25% das preferências, obtendo deputados mais do que suficientes na Assembleia Nacional de 577 assentos para evitar que tanto a coalizão centrista de Emmanuel Macron quando a extrema-direita consigam formar uma maioria estável.