O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou, nesta segunda-feira (27), que a nova linha de crédito para empresas de maior porte do Rio Grande do Sul envolve uma “grande mobilização” de recursos e deve ser anunciada nesta semana pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
“Nesta semana, o vice-presidente Alckmin está indo ao Rio Grande do Sul e fará o anúncio para aquelas empresas, industriais, agricultores, que são de maior porte. Disponibilizamos recursos para atender pequenos e médios, seja no âmbito rural, comércio ou indústria”, disse Durigan.
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“Nesta semana, daremos outro passo, para os maiores, com grande mobilização de recursos, também vencendo as etapas burocráticas para que o ministro Alckmin anuncie no Rio Grande do Sul essa nova linha de crédito”, completou o número 2 da Fazenda, durante sessão de debates sobre a catástrofe no Rio Grande do Sul realizada no plenário do Senado.
Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que trataria do tema com Alckmin. O governo federal prepara o anúncio de uma linha de crédito voltada para grandes empresas afetadas pela tragédia das chuvas no estado. No fim da última semana, a informação era a de que o número, ainda sendo fechado, poderia passar de R$ 10 bilhões.
Em discurso no plenário do Senado, Durigan relembrou as medidas já tomadas pelo governo federal para atender ao Rio Grande do Sul, como os valores pagos a municípios na última sexta-feira (24), conforme foi pedido ao governo durante a Marcha dos Prefeitos realizada na semana passada.
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“Para os municípios, foi pago na sexta-feira uma parcela adicional equivalente ao fundo de participação. Prontamente atendemos, já que na marcha dos prefeitos houve esse pedido”, afirmou Durigan.
O secretário disse, ainda, que as medidas elaboradas para o estado têm “repercussão fiscal muito bem delimitada” e que o Executivo seguirá tendo responsabilidade com o orçamento da União sem deixar de atender aos gaúchos.
Durigan, por fim, também falou sobre o Plano de Transformação Ecológica no contexto da tragédia climática, e endossou o coro da Fazenda pela tributação dos mais ricos para financiar a resposta às mudanças climáticas.
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“É preciso olhar tanto para a nossa discussão no G20, de tributação dos mais ricos, para poder financiar, do ponto de vista global, a resposta às mudanças climáticas, à fome, aos desalojados climáticos, é preciso olhar para o Brasil, a gente está vivendo essa realidade. É preciso olhar de frente para o problema e dar as respostas que estão nas nossas mãos”, concluiu o secretário.
(Com Estadão Conteúdo)