Um intrigante caso que aconteceu na cidade de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, no ano de 1920, ainda é assunto na região. A história é tão séria, que até hoje, o primo de Thirso Knust, falecido e dono do cão, toma conta de uma escultura do cão, que se chamava Lupe, no túmulo do antigo dono.
Maurício Knust se empenha em zelar pela escultura do cachorro. O mais interessante dessa escultura, é que foi feita na posição em que o bichinho ficava no túmulo do dono.
“O túmulo do Thirso passou a ser um lugar de adoração. Toda a população de Nova Friburgo ia fazer visitas”. Maurício explicou que o dono de Lupe se feriu quando foi para a Marinha, depois retornou surdo.
“Como não podia ouvir, Thirso acabou morrendo atropelado por um trem porque não escutou a sirene. Segundo Maurício, o cachorro acompanhou o dono durante o sepultamento. Depois, quando todos já estavam indo embora, Lupe subiu na sepultura e ficou lá deitado.
Na época, ele diz que os coveiros chegaram a entregar o cão para um tio de Thirso, mas não adiantou. O cachorro voltou para o cemitério e continuou na mesma posição.
Como o cachorro não bebia água e nem comia, acabou ficando bastante enfraquecido e, segundo Maurício, não resistiu a uma tempestade forte que atingiu Nova Friburgo. Ele foi encontrado pelos coveiros na manhã seguinte, na mesma posição de sempre”, contou o primo que conta toda a história.
Muitas pessoas visitam o túmulo de Thirso Knust para ver a escultura do cão Lupe, no Cemitério São João Batista.
“Eu considero meu cachorro um irmão meu, ou talvez um filho. É mais ser humano que a maioria dos seres humanos. A fidelidade do cachorro eu considero fundamental na minha vida”, completou o primo.
Até hoje, muitas pessoas ficam curiosas com a história de amor desse cãozinho.