O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 ponto em maio, para 94,2 pontos, segunda queda consecutiva, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o índice ficou estável ante o mês anterior.
Stéfano Pacini, economista do FGV/Ibre destacou em nota que a confiança de serviços recuou pela terceira vez durante o ano de 2024. “O resultado de maio reforça a percepção dos últimos meses de perda de fôlego do setor, porém com movimentos distintos entre os horizontes temporais e segmentos prestadores de serviços”, comentou.
Segundo ele, apesar da resiliência da demanda presente, os resultados negativos em relação ao futuro ocorrem de forma disseminada e confirmam os sinais de que o setor de serviços não deve observar uma forte retomada nesse primeiro semestre.
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“O cenário macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros, e resultados expressivos no emprego e na renda, podem ser fatores importantes para retomar a recuperação da confiança do setor”, avaliou Pacini.
Em maio, a queda do ICS refletiu a piora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 3,1 pontos, para 91,3 pontos. Por outro lado, o Índice de Situação Atual (ISA-S) avançou 1,9 ponto, para 97,3 pontos.
Os dois indicadores que compõem o ISA-S também avançaram: o volume de demanda atual subiu 2,3 pontos, para 97,7 pontos, e a situação atual dos negócios melhorou 1,6 ponto, para 96,9 pontos.
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No âmbito das expectativas, o recuo do IE-S foi resultado da piora de ambos os indicadores que o compõem. A demanda prevista para os próximos três meses recuou 2,9 pontos, para 91,6 pontos, e a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 3,4 pontos, para 91,1 pontos, menor nível desde dezembro de 2023.