O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 4,0 pontos em maio, para 91,5 pontos, após duas altas consecutivas, informou nesta quarta-feira (29) a Fundação Getúlio Vargas. Em médias móveis trimestrais, o índice manteve alta pelo sexto mês consecutivo, em 0,7 ponto, para 92,5 pontos.
Segundo Geórgia Veloso, economista do FGV/Ibre, a confiança do comércio devolveu parte do avanço registrado no mês anterior, impulsionada por uma variação disseminada no setor. “A queda no mês foi totalmente influenciada pela piora das avaliações sobre a demanda no momento presente, que tiveram forte recuo com o impacto do desastre ambiental do Rio Grande do Sul”, comentou em nota.
Ele disse que, em contraste, a estabilidade observada nas expectativas manteve o índice em patamar baixo, sugerindo um cenário de incerteza sobre a retomada do setor, mesmo com a melhora de variáveis macroeconômicas como inflação e emprego.
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Em maio, a queda da confiança ocorreu em cinco dos seis principais segmentos do setor. Em sua terceira variação positiva consecutiva, o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,1 ponto, para 93,0 pontos, mantendo-se no maior nível desde outubro de 2022 (93,0 pontos).
Segundo a FGV, os quesitos que compõem o IE-COM variaram de maneiras distintas no mês: o indicador sobre as perspectivas de vendas nos próximos três meses caiu 0,5 ponto, para 92,0 pontos, após duas altas consecutivas, e as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses avançaram em 0,8 ponto, para 94,2 pontos, maior nível desde setembro de 2022 (96,9 pontos).
No sentido contrário, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 7,9 pontos, para 90,6 pontos, com resultados negativos em ambos os indicadores que o compõem: o indicador que avalia o volume de demanda atual caiu 8,3 pontos, para 90,8 pontos, menor nível desde janeiro deste ano (88,7 pontos), e as avaliações sobre a situação atual dos negócios variaram negativamente em 7,2 pontos, para 90,6 pontos, após três altas consecutivas.