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Como enchentes no RS impactaram as operações da CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3)?

As concessionárias CCR (CCRO3) e a Ecorodovias (ECOR3) divulgaram nesta semana os dados de tráfego de maio, trazendo algumas sinalizações importantes, notoriamente sobre os efeitos das fortes enchentes do Rio Grande do Sul nos números das companhias.

A CCR, que possui duas concessões de rodovias, ViaSul e ViaCosteira, que foram afetadas pelas recentes enchentes no estado, reportou tráfego pedagiado de 99,9 milhões de veículos em maio de 2024, uma diminuição de 0,8% na comparação ano a ano.

A ViaSul e ViaCosteira registraram queda de tráfego 41% e 7%, respectivamente. Além disso, a enchente na cidade de Porto Alegre também afetou a arrecadação de pedágio nos eixos traseiros suspensos dos caminhões vazios.

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Enquanto isso, o tráfego de mobilidade urbana atingiu 63,9 milhões de passageiros, alta de 1,4% no mesmo período. Enquanto, o tráfego aeroportuário totalizou 1,8 milhão de passageiros, crescimento de 7,2%.

Durante o Investor Day 2024 da CCR, a administração comentou que esta paralisação na ViaSul refletiu uma perda de receita de aproximadamente R$ 12 milhões. No entanto, excluindo ViaSul e ViaCosteira, o tráfego teria aumentado 3%.

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Fora isso, a MSVia reportou crescimento de 8% em base anual, impulsionada positivamente por um sólido desempenho médio dos negócios. Para o 2T24, caso os desempenhos de tráfego de abril e maio se repitam em junho (ex-ViaSul e ViaCosteira), a CCR reportaria crescimento de tráfego de 5,5%, 1,5 pp acima das expectativas do banco.

O BBI reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18, com ação da companhia negociando a uma Taxa Interna de Retorno (TIR) de 10,7%.

Já a Ecorodovias (ECOR3) divulgou seus números com tráfego comparável de 42,8 milhões em maio, um aumento de 7,8% na base anual de veículos equivalentes para o mês, excluindo EcoRioMinas e Ecosul.

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A Ecopistas reportou crescimento anual de 18% em maio, o que pode ser explicado pelo forte volume industrial de veículos pesados, juntamente com o aumento da atividade no Porto de São Sebastião.

Além disso, o BBI ressalta que a EcoNoroeste reportou um aumento de 10,6% em seu primeiro período comparável desde o início da cobrança de pedágio em maio de 2023. “Esta concessão tem um perfil de tráfego bastante diversificado em termos de setores, com exposição de 65% em veículos pesados e 35% em veículos leves”,destacam analistas.

O BBI lembra que a concessão da Ecosul, que responde por aproximadamente 9% e 10% da receita consolidada da empresa e do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortição), respectivamente, também foi impactada negativamente pela catástrofe climática que causou inundações extremas no RS, refletindo em fracos números de tráfego no mês.

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No entanto, olhando para o tráfego comparável, excluindo EcoSul e EcoRioMinas, a EcoRodovias registrou fortes números, representando um crescimento de 8% em maio no comparativo anual.

Segundo o relatório, o número também foi impactado negativamente pela cobrança de pedágio nos eixos traseiros levantados dos caminhões vazios devido ao fato dos servidores do governo federal, que armazenavam essas informações, terem sido impactados pelas enchentes na cidade de Porto Alegre. Os servidores estiveram fora do ar durante os dias 6 e 16 de maio.

O banco ressalta que este sistema eletrônico implementado pela EcoRodovias teve um impacto positivo de 3% a 4% no tráfego pedagiado e todas as concessionárias implementaram o MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) durante o 2523.

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Para o tráfego do 2T24, caso o desempenho do tráfego de abril e maio se repita em junho, a EcoRodovias reportaria um crescimento de tráfego de 8%, quando comparado com o 2T23 (4 pontos percentuais maior que as estimativas do Bradesco BBI), que poderá desacelerar ao longo do ano, dado que os comentários da administração na última teleconferência de resultados sugeriram que o tráfego em 2024 deveria crescer cerca de 4% em 2024.

No geral, a EcoRodovias está sendo negociada a uma atraente TIR de 16,7%, e o BBI acredita que continuará reportando resultados operacionais positivos nos próximos meses. Com isso, o banco também manteve recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2024 de R$ 15,00.

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