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Chefe da Otan diz que aliança está adaptando seu arsenal nuclear

Em uma rara referência ao arsenal nuclear do Ocidente, o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, destacou nesta quarta-feira (12) os esforços da aliança para adaptar suas capacidades às atuais ameaças de segurança, mencionando exercícios e retórica nucleares mais recentes da Rússia.

Stoltenberg disse a jornalistas, antes de uma reunião de dois dias de ministros da Defesa da Otan em Bruxelas que incluirá um encontro do grupo de planejamento nuclear da aliança, que as armas nucleares da Otan são a “garantia máxima de segurança” e meios para preservar a paz.

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Embora seja sabido que os EUA posicionaram bombas nucleares em várias localizações da Europa, a Otan raramente fala publicamente sobre essas armas.

Ao discutir o que ele chamou de “adaptação em andamento” do arsenal nuclear da Otan, Stoltenberg afirmou que a Holanda declarou pela primeira vez, em junho, que seus jatos F-35 estão prontos para transportar armas nucleares e disse que os EUA estão modernizando suas armas nucleares na Europa.

Ele descreveu uma crescente atividade da Rússia em torno de suas capacidades nucleares.

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“O que vimos nos últimos anos e meses é uma retórica nuclear perigosa do lado russo… Nós também vimos mais exercícios, exercícios nucleares no lado russo”, disse.

Na terça-feira, a Rússia afirmou que suas tropas haviam começado um segundo estágio de exercícios para praticar o posicionamento de armas nucleares táticas, ao lado de tropas da Belarus, após o que Moscou considerou ameaças das potências ocidentais.

Desde que enviou milhares de soldados à Ucrânia em fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou repetidas vezes que Moscou pode usar armas nucleares em situações extremas para se defender.

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A Rússia acusa os EUA e seus aliados europeus de empurrarem o mundo à beira do confronto nuclear com o repasse de bilhões de dólares em armas à Ucrânia, algumas delas sendo usadas contra território russo.

Stoltenberg também mencionou a modernização das armas nucleares da China, acrescentando que há expectativa de que Pequim fortaleça a quantidade de mísseis nucleares em alguns anos, muitos deles com a capacidade de alcançar territórios da Otan.

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