Investidores brasileiros adotaram uma estratégia comum entre os investidores antigos de criptomoedas: comprar e manter o Bitcoin (BTC) no longo prazo, na expectativa de que o preço vai subir no futuro. É isso que mostra uma pesquisa da corretora Bitget, realizada com 500 clientes locais.
O levantamento revela que 61,2% dos investidores decidiram não vender suas criptomoedas após o halving, atualização da cripto que ocorreu no mês passado e cortou pela metade a emissão nova do BTC. Apenas 22,4% consideram se desfazer do ativo, enquanto 16,3% não têm certeza sobre a movimentação.
O halving inclusive melhorou a percepção pública sobre a moeda digital, segundo 47% dos entrevistados. O mecanismo, vale lembrar, é programado para controlar a inflação da moeda ao longo do tempo e garantir que a oferta de unidades de BTC seja limitada e previsível.
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“Os dados da pesquisa demonstram que os investidores brasileiros têm uma perspectiva confiante e de longo prazo em relação ao Bitcoin. Este comportamento é um indicativo positivo para o mercado cripto como um todo”, disse Maximiliano Hinz, diretor de expansão da Bitget na América Latina.
O cenário no Brasil é semelhante ao visto mundo afora. O número de unidades de Bitcoin em exchanges caiu para o menor nível dos últimos seis anos na semana passada, segundo dados da plataforma Glassnode. Na prática, quando as criptos não estão em corretoras, é sinal que os investidores não querem vendê-las, mas sim segurá-las.
A pesquisa da Bitget também avaliou o contentamento dos usuários brasileiros com os investimentos em criptoativos. Do total, 42,9% disseram estar satisfeitos, 24,5% insatisfeitos e 32,7% indiferentes.
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De acordo com os últimos dados divulgados pela Receita Federal, o Brasil tem cerca de 4,1 milhões de investidores pessoas físicas de ativos digitais, além de 92.105 empresas. O país é uma das 10 nações do mundo que mais adotam criptos, segundo ranking recente da empresa de análise de dados em blockchain Chainalysis.