O Conselho de Segurança da ONU, para o governo brasileiro, é um fórum legítimo, onde são tomadas decisões e debates sobre a crise.
Porém, no mesmo dia em que o voto do Brasil foi pela condenação da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, na última sexta-feira (25/02), o governo brasileiro não deu apoio a declaração feita pela Organização dos Estados Americanos (OEA) expressando críticas aos ataques russos à Ucrânia. Outros países que, assim como o Brasil, não assinaram o documento, foram; Bolívia, Nicarágua e Argentina.
De acordo com a explicação de um interlocutor, falando sobre a posição da delegação brasileira na OEA, apresentou duas razões, uma delas é pelo fato da Ucrânia ser um país localizado no continente europeu e não nas Américas. E a segunda razão é que a posição do Brasil já teria sido expressa no Conselho de Segurança.
O embaixador do Brasil, Otávio Brandelli, discursou informando a preocupação do Brasil sobre as operações militares da Rússia na invasão à Ucrânia, afirmando a importância do diálogo, reiterando que Conselho de Segurança das Nações Unidas tem plena legitimidade para apresentar soluções, porém que a OEA é um organismo regional.
Disse o embaixador: “Devemos ter presente que alguns dos propósitos essenciais da nossa organização são precisamente garantir a paz e a segurança continentais, prevenir possíveis causas de dificuldades e assegurar solução pacífica de controvérsias entre seus membros.”
Fonte: O Globo