Silvia Cardoso
A iniciativa de unir em um abrigo, animais e idosos para um cuidar do outro, sem dúvida merece aplausos.
Muitos idosos sofrem o abandono da família, são negligenciados por aqueles que eles passaram uma vida cuidando. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, dentro de lar para idosos, muitos têm família.
Nem todas as pessoas idosas que vivem em um abrigo são cidadãos sem parentes ou amigos, esses ou são resgatados ou preferem morar para não ficar em casa sem companhia.
Infelizmente não é o caso da maioria dos residentes, muitos têm filhos, netos, sobrinhos entre outros membros da família, mas são abandonados nos abrigos. E o pior, é que muitos desses idosos nem recebem visita.
Tristes e se sentindo abandonados, desenvolvem transtornos emocionais como quadro de ansiedade exacerbada, estresse, depressão. O mesmo acontece com os animais, eles também apresentam alterações no campo emocional quando são negligenciados.
Na tentativa de ajudar, tanto os idosos como os animais, a casa de repouso Catalina Springs e o abrigo de animais, Pima County Animal Care Center, ambos do Arizona, estado localizado na região sudeste nos Estados Unidos, se reuniram na mesma causa.
O primeiro teste foi feito com idosos que estão apresentando problemas de memória. O benefício de ter um pet para fazer companhia, brincar e dar carinho é para ambos, os animais se sentem bem ao receber carinho e os idosos ficam mais sorridentes, menos ansiosos.
Os animais levados para o abrigo de idosos são gatos, eles interagem bem e se sentem acolhidos, pois são animais necessitados, carentes de amor.
Para ambos a iniciativa é muito positiva, mas para os idosos é ainda melhor, eles voltam a sorrir se sentem mais bem dispostos, apresentam melhora no quadro emocional tendo boa resposta mental.
Um dos organizadores resumiu a afeição entre os idosos e os animais; “O desejo de dar e receber amor permanece. Os gatinhos lhes deram a oportunidade de alimentar essa condição humana, que está em cada um dos residentes”.
