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Aprovação de ETF de Ethereum pela SEC indica mudança de visão do regulador

A Securities and Exchange Comission (SEC) aprovou na noite de quinta-feira (23), uma alteração que permite transações à vista de ETFs de Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mundo (atrás apenas do Bitcoin). As oito emissoras que já receberam o aval do órgão, no entanto, ainda precisam esperar o fim da tramitação do processo.

Analistas estão confiantes de que a aprovação definitiva será dada em breve, e o mercado já se movimenta em torno da liberação dos ETFs (fundos negociados em Bolsa, em inglês). A decisão, segundo traders, marca uma guinada na gestão da SEC, que tem se tornado mais receptiva a criptoativos e abre espaço para novos ETFs de outras criptomoedas.

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A SEC tinha até quinta para dar um parecer sobre o pedido da emissora VanEck de criar um ETF de Ethereum. BlackRock, Fidelity, Grayscale, ARK 21Shares, Franklin Templeton, Invesco Galaxy e Bitwise já foram aprovadas, mas ainda aguardam a avaliação das declarações de registro S-1. O processo pode levar algumas semanas.

O formulário aprovado na quinta permite que as bolsas alterem suas regras para incorporar os ETFs. O registro S-1, porém, é obrigatório para companhias que querem negociar um novo ativo nas Bolsas reguladas pela SEC.

De acordo com o CEO da Ripio, Sebastián Serrano, o movimento desta quinta foi histórico para o ecossistema cripto e para a tecnologia blockchain. “Mesmo antes da SEC aprovar as propostas das empresas solicitantes, o próprio mercado parecia já ter dado sua opinião, antecipando o resultado da deliberação”, afirmou. Ele afirma também que a instituição agora parece mais tolerante com criptoativos, o que pode abrir espaço para uma entrada de players tradicionais no mercado.

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Já o CEO da Binance, Richard Teng, disse que a decisão da SEC abre caminho para uma adoção exponencial de ativos digitais pelos mercados tradicionais, e que o movimento pode ir além do Ethereum e do Bitcoin.

“Isso se soma a um mercado já vivo de ETFs de ativos digitais”, disse Teng. Antes da aprovação, já havia 27 ETFs de Ethereum ativos negociados em 7 países, além de 32 ETFs de Bitcoin à vista oferecidos e negociados em 5 mercados diferentes. Ele lembra que, no caso dos ETFs de Bitcoin à vista dos EUA, houve entrada de recursos de US$ 13,3 bilhões nos primeiros cinco meses. “Podemos esperar a mesma trajetória neste caso”.

O Ethereum tem uma diferença técnica em relação ao Bitcoin, pois além de ser um criptoativo funciona também com uma plataforma de diversas aplicações financeiras, sendo que sua rede blockchain tem sido muito usada por grandes bancos e fundos de investimentos em operações de tokenização.

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