O Itaú BBA reforçou a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para ação da Hapvida (HAPV3), além de elevar o preço-alvo de R$ 6 para R$ 6,50. As ações HAPV3 subiram 8,13% em maio, a sétima maior alta do Ibovespa no período.
O banco vê a Hapvida no caminho certo para aumentar a diferença de lucratividade em relação ao restante da indústria e naturalmente capturar as oportunidades de outros operadores de planos de saúde que ainda precisam de aumentos de preços mais significativos e mudanças na rede de prestadores de serviços de saúde.
Analistas também comentaram estar ganhando mais confiança que a taxa de sinistralidade fique em cerca de 70% em 2024 e que provavelmente reduzirá para 68% ou 68,5% no próximo ano.
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O BBA ainda reconhece que a integração dos sistemas e qualquer fricção potencial com sua base de clientes são percebidas como o principal risco para a tese de investimento – e deve ser monitorada de perto -, mas, tendo isso em mente, o banco enxerga o equilíbrio risco e recompensa como ainda muito positivo para a Hapvida.
Os analistas do banco reconhecem que a indústria tem muitas peculiaridades e que a perda de participação de mercado de um operador pode não ser tão rápida quanto se poderia esperar.
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No entanto, como a Hapvida agora parece estar no caminho certo para recuperar níveis de lucratividade próximos aos anteriores à pandemia – com menos necessidade de aumentos de preços e mudanças na rede hospitalar -, o BBA destaca que a empresa está bem posicionada para capturar uma parte da participação de mercado de concorrentes mais focados em lucratividade, como Amil e Unimed Nacional, dois dos maiores concorrentes em SP.
Considerando as preocupações do mercado sobre possíveis problemas com os clientes durante a integração dos sistemas do NDI nas operações da Hapvida, este cenário mais favorável para ganhos de participação de mercado pode ajudar a mitigar qualquer churn potencial resultante do processo de integração.
Tendências
Embora tenha sido observada uma melhora geral no 1T24 para as operadoras de planos de saúde listadas, o BBA destaca que uma parte significativa do setor ainda enfrenta dificuldades com precificação inadequada para sua base atual de beneficiários, desalinhamento com sua rede de prestadores de serviços de saúde, desafios para evitar o uso excessivo e outros problemas.
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“Isso levou algumas empresas, incluindo aquelas que são dominantes em suas respectivas regiões, a enfrentarem pressão nas margens operacionais e, em alguns casos, não conformidade com os requisitos regulatórios estabelecidos pela agência reguladora”, pontua.
Olhando para o futuro, apesar das taxas de sinilistralidade melhores do que esperado no 1T24, o banco projeta alta de 300 bps (pontos-base) no segundo trimestre, para 71,0%.
O banco levou em conta o menor número de dias úteis no primeiro trimestre e a possibilidade de qualquer adiamento de procedimentos eletivos do 1T para o 2T devido à alta ocupação dos hospitais direcionados para dengue e outras infecções virais de baixa complexidade.