A deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) teve um mal-estar, na quarta-feira (5), durante uma sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, e foi levada, às pressas, para o Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF). A parlamentar está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com uma nota da assessoria de Erundina, o quadro de saúde da deputada é “estável” e ela aguarda resultados de exames feitos logo após a internação.
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Erundina foi internada com baixa saturação de oxigênio. Aos 89 anos, a deputada e ex-prefeita de São Paulo (SP) é a parlamentar mais idosa da atual legislatura.
A deputada do PSOL teve de deixar a sessão da Comissão de Direitos Humanos pouco depois de fazer um pronunciamento, defendendo a aprovação de um projeto de lei apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS).
Após fazer um discurso enfático, Erundina se sentiu mal e foi socorrida por deputadas que estavam próximas a ela. A audiência da comissão foi encerrada, assim como a sessão no plenário da Câmara, antes da votação de proposta que institui um cadastro nacional de violência contra a mulher. Uma nova sessão deve ocorrer na terça-feira (11).
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A trajetória política de Luiza Erundina
Paraibana de Uiraúna (PB), nascida em 30 de novembro de 1934, Luiza Erundina fez carreira política em São Paulo e está em seu sétimo mandato consecutivo como deputada federal pelo estado, eleita sucessivamente desde 1998. Ela também foi vereadora na capital paulista (1983-1986) e deputada estadual (1987-1988).
Em 1988, Erundina foi eleita prefeita de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT) – foi a primeira experiência do partido à frente de uma grande capital brasileira. Ela governou a megalópole até o fim de 1992.
Erundina voltou a disputar a prefeitura de São Paulo em 1996 (terminou em 2º lugar), 2000 (4º) e 2004 (4º). Em 2020, já no PSOL, foi candidata a vice-prefeita da capital paulista na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Bruno Covas (PSDB).
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Erundina também teve uma curta experiência como ministra de Estado, em 1993, quando ocupou a Secretaria da Administração Federal do governo do então presidente Itamar Franco, depois do impeachment de Fernando Collor de Mello. Ao aceitar o convite de Itamar, ela se indispôs com o PT e, por decisão do Diretório Nacional da legenda, teve seus direitos partidários suspensos por 1 ano.
Além do PT (entre 1980 e 1998), Luiza Erundina fez parte do PSB (1998-2016) e atualmente está no PSOL (desde 2016).