Apesar do valuation esticado e recomendação de cautela por boa parte do mercado, o JPMorgan reiterou recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para ação da WEG (WEGE3) e preço-alvo de R$ 47. O banco vê que a fabricante de motores elétricos deve continuar a apresentar um crescimento sólido, além de ser uma ação defensiva contra a volatilidade macroeconômica local.
Nesse contexto, a equipe de research do banco acredita que os investidores têm negligenciado o impacto positivo que a desvalorização do real (ou alta do dólar) tem no crescimento da receita da WEG, dada a desaceleração dos últimos três trimestres, quando o crescimento das receitas variou entre 2% e 7%, em comparação com o nível histórico da empresa de 15% na base anual.
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Segundo as estimativas do banco, que incluem a recente desvalorização do real para R$ 5,40, bem como a contribuição da Regal (+R$ 1,5 bilhão na receita este ano), a receita da WEG deve atingir cerca de R$ 37,7 bilhões, crescendo cerca de 16% na base anual este ano, acima dos 14% previstos pelo consenso de 14% e dos 13% esperados pelo banco.
O JPMorgan também lembra que mais da metade das receitas da WEG são geradas em mercados estrangeiros. Portanto, cada desvalorização de 10% do real tem um impacto direto de aproximadamente 5,5% na receita.
No entanto, os analistas acreditam que esse impacto é ainda maior, pois a maioria dos produtos da WEG vendidos domesticamente segue preços internacionais. Portanto, positivamente impactado pela desvalorização do real.
Por fim, o JPMorgan destaca que a WEG tem atraído a atenção de investidores estrangeiros devido à sua exposição ao segmento de Tecnologia & Desenvolvimento (T&D) na América do Norte.
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