A B3 (B3SA3), operadora da Bolsa brasileira, voltou a apresentar dados fracos no mês de maio em sua prévia operacional na última quarta-feira (12) após divulgar números animadores no mês anterior, de abril. Em maio, o volume financeiro médio diário de ações (ADTV, na sigla em inglês) apresentou queda de 8,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, em um contexto de queda da Bolsa brasileira.
O time de análise da XP destaca que os volumes estão fracos, ainda refletindo o cenário macroeconômico desafiador e a postura cautelosa dos investidores em relação aos investimentos em ações.
Analistas da corretora reforçaram que os prováveis gatilhos que podem impulsionar um aumento nos volumes de negociação, atualmente na faixa de R$ 22 a 26 bilhões, incluem o avanço do atual ciclo de flexibilização monetária, bem como um aumento no volume de negociações dos investidores de varejo e do exterior.
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Embora espere uma recuperação gradual da atividade dos mercados de capitais ao longo do ano, a XP não vê quaisquer gatilhos de curto prazo para os volumes e reconhece os desafios significativos na frente macroeconômica. Com isso, reiterou visão conservadora para a B3, com recomendação neutra e preço-alvo de 16.
Já o Goldman Sachs comenta que, apesar da queda do ADTV na base mensal, o desempenho veio 4% acima das suas estimativas. Da mesma forma, as receitas de derivativos de ações caíram 16% mês a mês para R$ 67 milhões (+5% ano a ano). No entanto, as receitas trimestrais ainda estão 8% acima das projeções do banco, já que volumes mais fortes compensaram taxas mais fracas.
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Separadamente, as receitas de derivativos (excluindo ações) caíram 20% mês a mês (-9% ano a ano). Em uma base trimestral, as receitas de derivativos estão 3% abaixo das expectativas do banco, com volumes piores do que o esperado compensando taxas mais fortes do que o esperado.
Enquanto isso, os volumes sob custódia estão 3% acima das estimativas do Goldman Sachs em R$17,5 bilhões. A unidade de financiamento, por sua vez, caiu 8% mês a mês e está amplamente em linha com o expectativa do banco para o trimestre. Houve 557 mil veículos financiados (-6% mês a mês, +15% ano a ano) e 1,6 milhão de veículos vendidos (-8% mês a mês, -3% ano a ano) em maio.
O Goldman Sachs mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 13 para ação da B3.
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A equipe de research do JPMorgan avalia que houve um abrandamento nas tendências após um abril excepcionalmente forte. Os dados para o segundo trimestre de 2024 (2T24) estão agora 4% abaixo das projeções do banco para ADTV e 10% em relação aas projeções de receitas de derivativos.
O JPMorgan mantém classificação neutra, pois vê a B3 negociando a 12,5 vezes Preço/Lucro estimado para 2024.