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greve atinge 80% dos funcionários e analistas monitoram efeitos para ação

Com a necessidade de ajuste nos custos com pessoal após o processo de
desestatização, realizado há 2 anos, a Eletrobras (ELET3; ELET6) vem enfrentando resistências por parte de seus trabalhadores, o que resultou na paralisação de cerca de 80% da força de trabalho da companhia elétrica.

Além de uma série de iniciativas para cortar custos, a empresa se recusa em participar de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para for fim a greve.

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A paralisação atinge subsidiárias como Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Chesf. Na Eletronorte, 10 das 11 bases estão em greve, enquanto que, na Chesf, a sede de Recife também irá suspender atividades a partir de sexta-feira (14).

Os funcionários da Eletrobras Holding e da Eletropar apoiam a greve. Apesar da
greve, os operadores continuarão a trabalhar, mas em plantões dobrados de 24
horas, “o que preocupa a diretoria devido ao aumento dos riscos operacionais”, comenta a Levante Investimentos.

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Segundo relatório, a greve é resultado da insatisfação com a proposta de reajuste salarial, que inicialmente incluía cortes de 12,5% a 10,0% para salários abaixo de R$ 16,0 mil, mas foi ajustada para cortes apenas para quem ganha acima desse valor. A proposta atual inclui compensações para quem aceitar a redução salarial.

A Eletrobras também propôs congelar parte dos salários até 2026, oferecendo reajuste
apenas para quem ganha abaixo de R$ 6,0 mil e um abono salarial em 2024 e 2025.

Além disso, se um funcionário for demitido sem justa causa até abril de 2025, ele
receberá as verbas rescisórias normais mais o valor correspondente ao tempo até essa data.

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A Levante comenta que, caso a greve eleve o risco das operações dos ativos de geração e de transmissão operados pela Eletrobras, a companhia deve apresentar alguma iniciativa que vise trazer as partes de volta para a mesa de negociação.

Por fim, desde que a operação de disponibilidade das linhas de transmissão e a
operação das hidrelétricas não seja materialmente afetada pela paralisação,
a Levante avalia que o movimento não deve produzir efeitos negativos e relevantes nos resultados da Eletrobras a curto prazo, dado que a remuneração dos ativos de transmissão é feita pela disponibilidade das linhas, ao passo que as receitas com geração das hidrelétricas estão diretamente ligadas com a venda de energia no
mercado regulado e livre.

Na véspera, a Eletrobras anunciou a venda de seu portfólio termelétrico para a Âmbar por R$ 4,7 bilhões, fazendo com que diversas casas reforçassem a recomendação equivalente à compra para as ações da companhia, principalmente com a diminuição da percepção de risco para a companhia no caso de Amazonas Energia.

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