9 ações da Bolsa brasileira para se proteger da disparada do dólar, segundo a XP

O dólar está em disparada. Na última segunda-feira (10), a divisa à vista atingiu o maior valor desde janeiro de 2023, superando os R$ 5,35. No ano, o avanço é de cerca de 10%.

Dentre os fatores para a forte alta, estiveram o avanço da divisa dos EUA no exterior, com o cenário político europeu pesando sobre o euro. Contudo, as incertezas em torno da questão fiscal brasileira e seus impactos sobre a política de juros do Banco Central também contribuíam para o avanço das cotações.

Ainda que o cenário seja de maior aversão ao risco para os investimentos em Bolsa, a XP Investimentos destacou em relatório as possíveis ganhadoras com um ambiente de alta da divisa americana.

Fernando Ferreira, estrategista-chefe, Jennie Li, estrategista de ações, e Júlia Aquino, analista quantitativa, que assinam o relatório da casa, montaram uma seleção de nove ações para proteção contra um real mais fragilizado. Cabe destacar que a equipe macro da XP tem previsão de dólar a R$ 5,00 para o final de 2024, mas avalia que o real deve permanecer sob pressão no curto prazo.

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As ações selecionadas pela equipe de análise da XP apresentam: (i) uma correlação positiva com as flutuações na taxa de câmbio (indicada por betas superiores a 0, sendo o beta um indicador que mensura a volatilidade de uma ação) no ano passado; (ii) exposição da receita ao dólar superior a 10%; e (iii) com classificação compra pelos analistas da casa.

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No último ano, a cesta de ações apresentou retornos positivos de 20,8%, contra avanço de 11,2% do Ibovespa.

Desde o início da alta do dólar no começo de maio, a cesta teve ganhos modestos de 0,3%, em contraste com o retorno do Ibovespa, de queda de 4,9%.

Isolando a volatilidade derivada do mercado em geral, as ações mais bem posicionadas para capturar a alta do dólar frente ao real são BRF (BRFS3), dona da Sadia e Perdigão, e os ativos da petroleira estatal Petrobras ON (PETR3) e PN (PETR4).

“Essa lista adota uma abordagem 100% quantitativa, focando nos efeitos cambiais do último ano. Apesar de isolarmos os efeitos do mercado geral na análise, outros eventos macro e micro podem ter influenciado a dinâmica de preços”, avaliam os analistas.

Completam ainda a lista os ativos da empresa de serviços ambientais Ambipar (AMBP3), a de tecnologia Bemobi (BMOB3), a companhia de alumínio CBA (CBAV3), a de soluções para armazenagens agrícolas Kepler Weber (KEPL3), a da fabricante de carrocerias Marcopolo (POMO4) e a mineradora Vale (VALE3).

Confira abaixo a lista das 9 ações: