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Com universidades em greve, Lula anuncia R$ 5,5 bilhões em investimentos do PAC

Em meio à greve de servidores da educação, que já dura quase 60 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira (10), investimentos de R$ 5,5 bilhões para o setor, por meio de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (o Novo PAC).

Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, após reunião de Lula com reitores de universidades e institutos federais, o governo anunciou os seguintes investimentos:

  • R$ 3,17 bilhões na consolidação de estruturas;
  • R$ 600 milhões para expansão;
  • R$ 1,75 bilhão para hospitais universitários.

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Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), há previsão de investimentos em sala de aula, laboratórios, auditórios, bibliotecas, refeitórios, moradias e centros de convivência. Ao todo, serão 223 novas obras, das quais 20 estão em andamento e 95 serão retomadas.

Além disso, Lula anunciou mais 10 novos campi em todas as regiões do país, nas seguintes cidades:

  • São Gabriel da Cachoeira (AM)
  • Cidade Ocidental (GO)
  • Rurópolis (PA)
  • Baturité (CE)
  • Sertânia (PE)
  • Estância (SE)
  • Jequié (BA)
  • Ipatinga (MG)
  • São José do Rio Preto (SP)
  • Caxias do Sul (RS)

R$ 400 milhões para custeio

Além dos investimentos de R$ 5,5 bilhões, Camilo Santana anunciou, ainda, R$ 400 milhões para custeio de universidades (R$ 279,2 milhões) e institutos federais (R$ 120,7 milhões).

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De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o orçamento das universidades será de R$ 6,38 bilhões em 2024, após a recomposição. Já nos institutos federais, ficará em R$ 2,72 bilhões.

Greve

Com o anúncio de novas medidas para o setor da educação, Lula espera conter o movimento grevista, uma das maiores dores de cabeça para o governo neste momento.

Professores e servidores da educação superior que aderiram à greve reivindicam reestruturação de carreira e recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas aprovadas nos governos dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

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A greve na educação começou em abril deste ano e foi encampada por diversas categorias. Em algumas instituições, são os professores e os técnicos administrativos que aderiram à paralisação. Em outras, apenas um dos dois grupos.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), há uma defasagem de 22,71% no salário dos professores que se acumula desde 2016.

Além de Lula e Camilo Santana, participaram do anúncio de novos investimentos na educação os ministros da Casa Cívil, Rui Costa (PT), e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB).

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