A Alupar (ALUP11) anunciou na segunda-feira (3) ter arrematado dois projetos de transmissão no Chile, Ana Maria e Illapa, localizados no norte do País (Antofagasta e Atacama). Ambos os lotes somados totalizam US$ 145,9 milhões em investimentos estimados, com uma Receita Anual Permitida (RAP) total de oferta de US$ 19,4 milhões, implicando em uma relação capex/RAP de 7,5 vezes, o que, na avaliação do Itaú BBA, é consideravelmente mais atraente do que a relação de 10,2 vezes observada no último leilão de transmissão realizado pela Aneel.
O Itaú BBA projeta um valor presente líquido (VPL) de US$ 17,5 milhões e uma taxa interna de retorno (TIR) real implícita de 11,3% para ambos os lotes combinados, sustentando o otimismo da empresa sobre uma maior expansão no mercado latino-americano.
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A Colômbia, por exemplo, foi outro caso de sucesso para a Alupar. No ano passado, a empresa conquistou dois lotes de transmissão no país com índices atrativos de capex/RAP, sendo o mais recente (UPME 07/21) com RAP de US$ 6,2 milhões e índice de cerca de 7,3 vezes, bem mais atrativo que a média de 10,2 vezes do último leilão de transmissão no Brasil (001/2024).
O BBA também destaca que cerca de 10% do faturamento da empresa já vem de países da América Latina (ex-Brasil) e é indexado ao dólar americano.
A XP Investimentos avalia o leilão como positivo devido aos seus retornos atrativos e alinhados com a estratégia de crescimento da Alupar na América Latina.
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Segundo analistas da corretora, a estratégia de crescimento da companhia está baseada em países que possuem marcos regulatórios sólidos, com a maior parte das receitas em dólar, prazos longos de concessão e proteção para contingências como atrasos em licenças ambientais.
Além disso, a XP acredita que os novos projetos podem ter sinergias com a recente aquisição no Chile (TES).
O BTG também vê a transação como positiva e destaca os retornos atrativos das concessões arrematadas, com taxas interna de retorno (TIRs) reais de 12,4% para Ana
Maria e 14,6% para Illapa, adicionando aproximadamente R$ 145 milhões em valor presente líquido (VPL) combinado, ou R$ 0,5 por ação.
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Para ambos os projetos, o BTG projeta: (i) margem Ebitda de 87,5%, (ii) alíquota de imposto de renda corporativo de 27%, (iii) energização em janeiro de 2028, (iv) sem economia de capex, (v) alavancagem de 80%, com 65% via BNDES e 35% via debêntures; e (vi) re-alavancagem a SOFR (taxa de financiamento) + 353bps, mantendo sua estrutura de capital ótima de 3 vezes dívida líquida/Ebitda.
Segundo o BTG, os retornos poderiam ser maximizados por meio de realavancagem a spreads mais atrativos.
O BTG ainda comenta que a gestão da Alupar está confiante de que podem manter a alavancagem na faixa de 3,0 a 3,5 vezes dívida líquida/Ebitda, tendo em vista os investimentos estão distruídos nos próximos anos.
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O BTG mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 31, mesma recomendação da XP, com preço-alvo de R$ 35. Já o Itaú BBA tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 37,40.