A Polícia Federal (PF) mudou seu entendimento inicial sobre o caso e decidiu indiciar, nesta segunda-feira (3), três pessoas por ofensas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma (Itália), em julho do ano passado.
Foram indiciados pela PF o empresário Roberto Mantovani Filho; sua esposa, Andréia Munarão; e o genro do casal, Alex Zanatta. Todos negam que tenha havido agressão contra Moraes.
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Em fevereiro deste ano, a PF havia concluído as investigações sem nenhum indiciamento. De acordo com os policiais, o filho de Moraes, Alexandre Barci de Moraes, foi agredido fisicamente na ocasião. Apesar disso, o relator do caso no STF, ministro Dias Toffoli, pediu que fossem feitas diligências complementares.
Após uma mudança na condução das investigações, com a entrada do delegado Thiago Severo de Rezende, o caso mudou de rumo. Segundo ele, “todas as circunstâncias que envolvem o fato vão de encontro com a versão apresentada pelos agressores”.
O delegado afirma, no entanto, que a versão de Moraes de que teria sido hostilizado por motivos políticos é “totalmente coerente e apoiada nos demais meios de prova”.
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Para o delegado, os três indiciados cometeram o crime de calúnia contra o ministro do STF – com o agravante de o alvo ser funcionário público.
Relembre o caso
A confusão envolvendo Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma ocorreu pouco depois do desembarque do magistrado. O ministro do Supremo estava na Itália para proferir uma palestra em uma universidade.
O ataque contra Moraes teve início quando Andréia chamou o ministro de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, Roberto gritou e agrediu o filho de Moraes com um golpe no rosto.