A família da jovem de 29 anos, Karina Souto Rocha de Almeida, acredita que aconteceu um milagre.
Mais um caso de violência contra a mulher choca o país. Karina passa a fazer parte das estatísticas de tentativa de feminicídio, se não fosse por milagre, a família da jovem, apesar de ainda apreensiva com o estado de saúde, estaria sofrendo em um velório.
Karina terminou o relacionamento com um homem identificado como Baltazar Augusto de Menezes, 58 anos. Segundo a polícia, ele não se conformava com o fim do namoro, conforme publicação do portal Metrópoles.
O crime aconteceu em 01/02, em Cuiabá, Estado do Mato Grosso, no município de Nova Xavantina.
O suspeito ficou contrariado ao saber que a jovem estava na casa de amigos, pessoas essas que são amigos em comum. Ele esteve no local na intenção de reatar o relacionamento, mas ela estava determinada a não voltar a namorar com ele.
Irritado, ele pediu o colar de ouro que deu de presente a Karina, ela se recusou. Segundo informações do portal, o homem arrancou o colar do pescoço da ex, depois foi para o carro.
Pessoas que estavam no local, chegaram a pensar que ele teria ido ao carro para guardar o colar, mas na verdade ele foi pegar uma arma, voltou e disparou três tiros baleando Karina no rosto, em seguida se matou.
A jovem foi levada para o Hospital Municipal de Barra Grande do Garça com ferimentos graves. Ao chegar ao hospital, a Karina estava em estado grave. Quando a família chegou, os médicos informaram que ela teve morte cerebral.
Tendo que assimilar a tragédia da perda e os acontecimentos, a família reuniu forças e autorizou o hospital a desligar os aparelhos, pois ela só estava com vida por conta desses recursos. Para a equipe médica não havia mais nada a fazer.
No dia em que os aparelhos seriam desligados, 03/02, uma enfermeira entrou no quarto para fazer o desligamento, foi então que percebeu um leve movimento que Karina fez com uma das mãos.
A enfermeira se aproximou e chamou a paciente pelo nome, Karina acenou com a cabeça que estava ouvindo.
Os médicos foram chamados, mas não acreditaram na enfermeira, para eles se tratava apenas de um engano, já que todos os exames foram feitos e o resultado foi morte cerebral comprovada, cérebro sem atividade.
A família recebeu o comunicado de que Karina estava viva, o pai dela, José Rocha, 56 anos, contou que poucos minutos antes, ele estava no hospital orando pela filha; “Eu estava lá fora. Tinha falado: ‘Deus, entra lá e reage a minha filha, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo”.